Entrevista para o Dia do Publicitário
O Dia do Publicitário foi comemorado no dia 1º de fevereiro. O João Barim, sócio-proprietário da Agência Parênteses foi entreistado pela equipe do Jornal O Pinhalense, de Espírito Santo do Pinhal, para falar um pouco sobre a profissão, seus desafios e possibilidades. A reportagem, que estamos compartilhando com vocês, é de Tereza Tuma.
JORNAL O PINHALENSE: Em que momento você decidiu cursar Publicidade e Propaganda? Por que escolheu a área?
JOÃO BARIM: A escolha seguiu um caminho natural. Quando estava no Ensino Médio, eu tinha vários amigos que cursavam Publicidade e Propaganda – inclusive o Leandro, que hoje é meu sócio – e sempre me convidavam para assistir algumas aulas. Dessa forma, passei a frequentar o curso com certa frequência e pude perceber que a publicidade me aproximaria da arte e também me daria um leque infinito de possibilidades e carreiras. Quando me formei no Ensino Médio já estava decidido.JOP: Como foi o início de sua carreira?
JB: Logo nos primeiros meses do curso eu me envolvi com diversos projetos da faculdade por meio da Agência Escola e AsseCom, a Assessoria de Comunicação. Além disso, no segundo semestre surgiu uma oportunidade de estágio em Comunicação Interna na Delphi, me interessei muito pela vaga e fui selecionado. Cumpri meus dois anos de estágio e depois disso fui efetivado. Permaneci lá até julho de 2012, quando me desliguei para que pudesse cuidar da agência mais de perto.JOP: Como surgiu a ideia de criar a Parênteses?
JB: A ideia de criar a Parênteses surgiu da vontade de fazer uma comunicação jovem, moderna e humanizada. O Leandro já havia se formado e trabalhava em uma agência de Mogi Guaçu, eu estava no meu último semestre da faculdade. Decidimos arregaçar as mangas e tentar algo novo, que nos desse autonomia para gastar todo nosso combustível criativo.JOP: Fale um pouco sobre o trabalho realizado na agência.
JB: Na agência nós atendemos diversos tipos de clientes, levando o nome de Pinhal para toda a região. Desde empresas do varejo até B2B, sempre mantendo o foco numa linguagem que, apesar de falar de assuntos sérios, seja leve e humana. Como diria Julio Ribeiro, uma coisa séria não precisa ser uma coisa chata.JOP: Quais características são importantes para ser um bom profissional da área?
JB: É claro que a criatividade é um fator chave, mas acho que o mais importante é estar de olho em tudo que acontece no mundo e estar consciente de que sempre existem coisas novas para aprender – não só no aspecto técnico, mas também no aspecto humano, afinal de contas sem as pessoas e suas infinitas e belas nuances a publicidade não faria o menor sentido.JOP: Que campanha publicitária marcou a sua vida?
JB: Tenho aplaudido as últimas da Avon que trabalham a questão do empoderamento feminino trazendo para as campanhas mulheres de todos os tipos: negras, loiras, ruivas, trans… Gosto quando a publicidade cumpre esse papel de ir além das questões mercadológicas. Além dessa tem uma outra que sempre me vem à cabeça quando me fazem uma pergunta desse tipo: Café Seleto. Apesar de não ser um anúncio da minha geração, minha mãe sempre canta o jingle e narra com detalhes como eram as cenas, o que reforça o poder que a publicidade tem de imortalizar.JOP: Faça uma análise sobre as campanhas publicitárias realizadas no Brasil.
JB: Uma pesquisa realizada pela Fenapro (Federação Nacional das Agências de Publicidade) apontou que as agências estão dinamizando cada vez mais seu modelo de atuação. A era digital ampliou os canais de contato entre consumidor e marca, desconstruindo a forma tradicional de operação da mídia. Essas mudanças são muito bem vindas ao passo que abrem ainda mais o leque de possibilidades e de contato com o público e, aqui no Brasil, isso tudo é sempre muito bem recebido. Na minha opinião, a publicidade brasileira é uma das mais criativas do mundo exatamente por ter estampada a cara do Brasil: o povo que abraça, o povo que sabe contornar situações desfavoráveis, o povo que sorri, que abraça.
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